quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Mais um carnaval se passou

Dizem que neste país o ano só começa depois do carnaval. Engraçado como muitas pessoas só mostram o que são quando entram no alvoroço coletivo e depois culpam a bebida, o "clima" e outros bodes. Necessidade de descontração devido ao estresse? Acho que não. Esse negócio de soltar a franga é falha de caráter.


"Um País é tão sério quanto a sua população"  (Mad Dick nesta quarta-feira de cinzas)

País de imbecís


Uma das minhas pequenas compras recentes no Ebay, foi despachada via Hungria por transporte aéreo. Não sei dizer por quê. O rastreio lá fora é bem dinâmico e, para os mortais que não usam Sedex10, não tem comparação. Veja só, quase em tempo real:

Number: RRXXXXXXXXXHU
Package Status: In Transit
Destination Country: Brazil
2016-01-26 14:59 Curitiba / PR, Received by the Brazil Post, Object subject to inspection and delay on delivery
2016-01-20 14:18 HUNGRIA, Received in export unit
2016-01-20 14:18 HUNGRIA, Forwarded, from País in HUNGRIA / to País in BRASIL / BR Origin Country: Hungary
2016-01-26 14:59 Célországba megérkezett / Arrived in the destination country
2016-01-20 14:29 Nemzetközi Posta Kicserélő Központ, Küldemény postai átvétele / Item accepted
2016-01-20 14:18 Célországba elküldve / Item sent abroad
2016-01-20 14:18 Indító nemzetközi feldolgozó központba érkezett / Item in office of exchange

Aqui a história é outra. Nos "correios" a informação parece que carece da boa vontade dos funcionários.

Rastreio dia 10/02/2016

Na página de rastreamento da ECT está o seguinte esclarecimento:

ATENÇÃO: 
Objetos registrados recebidos do exterior que apresentam código iniciado por “R” não pertencem à modalidade expressa, sem rastreamento ponto a ponto e com prazo estimado de 40 DIAS ÚTEIS a partir da liberação na alfândega.
O termo "40 DIAS ÚTEIS" foi grifo deles (ECT). Para que tanto tempo? E tudo está aqui mesmo, em Curitiba. Será que vão botar cão farejador? Afinal todos (brasileiros) são corruptos, desonestos, criminosos, até prova em contrário. É institucional.

Em tempo: 

Você sabia que o Partido político brasileiro PP é da "base aliada" do governo (PT)? E eu com isso? Nada, só que o PP foi criado pelo Paulo Maluf. É o quarto partido em tamanho, atrás apelas do PT, PMDB e PSDB.

Acho que tem mesmo é que "farejar" ou deixar mofar minha encomenda de valor miserável. 40 dias é pouco. Isso foi apenas a duração do dilúvio. Hã? Desculpe-me. Lá na Bíblia não eram dias úteis.

Rolo nas rodas


Apareceu uma oportunidade ímpar. Fui levar meu Honda Fit para fazer um alinhamento na oficina que tinha ajeitado o Fiesta depois da sua malfadada estreia. Lá no canto da oficina de fronte para a rua, estava um Ford Escort judiado e feio, com a palavra "vende-se" escrita em branco no vidro. Mas as rodas eram do Ecosport em alumínio do modelo Freestyle, calçados por pneus calvos. Putz, que desperdício. As rodas não iriam agregar valor algum à sucata. E lá em casa tinha as rodas que vieram com  Fiesta com 2 pneus novos marca baiacú rastejante, um Kumho meia-vida que rasguei na quina da escada da vizinha (o outro eu queria guardar para estepe) e o estepe que veio, na medida 185/60, Goodyear, semi-novo.

Propus então uma troca pelas rodas de alumínio. Só as rodas. Sem os pneus carecas, por favor. Deu rolo. Rodas de alumínio com as medidas temperamentais que o Fiesta exigia, isto é, offset maior que 40mm e furação 108mm de diâmetro. Difícil, heim?

Momento de insanidade


Minha escolha inicial de pneus para uma preparação "stage 2" e também como pneus de chuva recaíram sobre os Michelin Pilot Sport 3. Dos pneus disponíveis aqui no país, talvez sejam a melhor escolha para uso sob chuva e também em um uso mais hardcore, comparados as outras marcas disponibilizadas aqui. Não é muito fácil de encontrar. Encomendei os meus na Ingo Pneus, distribuidor da marca. Por sorte tinha aqui no estoque da fábrica aqui no Brasil. 

Na edição de setembro de 2011 da Auto Express, um teste classificou ele em segundo lugar, a frente do Pirelli P Zero.


Fonte: AE

Acho que para compensar a minha frustração de não ter as coisa sob meu controle, acabei antecipando uma etapa que seria feita apenas no segundo semestre, e mesmo assim se o resultado da "minha" preparação alcançasse valores acima de 150 HP, valor razoável para um motor Zetec Rocam 1.6 bem preparado. Pela primeira vez estava nas mãos de outra pessoa, Sr. Herbert Müller, que não me dava satisfação sobre o que ele estava fazendo no meu carro.  Comprei um jogo de Toyo R888, parcelado em 10 vezes no cartão para montar nas rodas de alumínio.

Não vou abrir discussão entre R888 X Neova. Preço de ocasião. Fui na Dubstore pegar pegar o dinheiro da Fueltech Sparkpro 2 que a fábrica não ia entregar mesmo pois não estava fabricando por falta de componente (acabei pegando depois, na Prado, uma Injepro ISD2). Quando vejo uma pilha de Toyo 888 na medida 195/50 e DOT fresquinho. Babei, conversei e fiz eles prometerem guardar para mim. Trato feito. Quando deu, fui la´e parcelei no cartão. Estão no porta-malas do meu carro até agora por falta de espaço.

Toyo R888

Será que terei cavalaria para merecer este sapato?

Quero pintar as rodas de alumínio em cromo (efeito cromo) black, mas antes tenho que dar um trato em melhorar os arranhões existentes. Não estão amassadas, mas tem algumas marcas de meio-fio. Trabalho para mais alguns fins-de-semana.

No próximo post: sei lá o que vou escrever. Espero ter novidades.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Definindo um cronograma realista

Enquanto o carro permanece na oficina, procuro criar um mapa mental dos próximos procedimentos after AIC. Com a antecipação das ações que faria ao longo do primeiro semestre de 2016, acabei ficando sem carro para o encontro deste domingo.


Na semana passada, passei na oficina Pro Müller para saber como estava os preparativos do Fiesta e soube que o cabeçote estava sendo preparado. Só isso. Não sei aonde nem quando vai ficar pronto. Ninguém quis me dizer ou antecipar alguma coisa. Apenas pediram que eu comprasse um kit de juntas de cabeçote e um jogo de retentores das válvulas. Comprei tudo da marca Sabó, no Rei dos Cabeçotes, perto da PUC. Falaram que precisavam para montar um gabarito para o dispositivo de fluxo. Sei que alguns preparadores guardam seus segredos. Quando levei meu carro lá, entreguei a eles a minha alma junto. Abri mão da vontade de palpitar, interferir ou mesmo acompanhar os trabalhos. Meu tempo é escasso. Em todos os sentidos. Claro que estou curioso, prefiro não externar. Deixo tudo como surpresa para mim mesmo. O carro continuava lá, sem a tampa do cabeçote de válvula, embaixo de um elevador com um carro erguido em cima. As peças adquiridas estavam dentro dele, aguardando colocação.

Não me disseram ainda quando terei o carro a minha disposição. Enquanto isto tentarei escrever coisas relacionadas ao tema, mesmo não tendo uma ligação direta, afinal o blog é meu e escrevo o que quiser mesmo.....


Protork


Tinha comprado dois capacetes para usar em track days junto com minha esposa. São de modelo aberto, não sendo exatamente o mais baratinho da marca. Como tinha dito anteriormente, são muito bem acabados e construídos. Os capacetes Protork são mais barato do que outras marcas nacionais como o Norisk, Taurus e outros. Agora se me perguntarem se capacete é tudo igual, a resposta é NÂO. Por coincidência a poucos dias atrás, uma reportagem da TV Globo falou dos testes feitos na USP tentando simular os requisitos da "ONU". Nem sabia que a entidade normatizava assunto desta natureza. O que sei que no país dos "caga-regra", onde papel aceita tudo, as entidades que deveriam normatizar, regular e fiscalizar, não fazem nada. Para quê? O salário vem mesmo no fim do mês. Só se fosse para ganhar um adicional ou uma "artoridadi" tivesse pegando no pé, né?

Na complementação da reportagem no site, tirei um parágrafo bastante interessante. Vejamos:
Tabela da reportagem do site Autoesporte
"O resultado mostrou uma divergência entre as normas de homologação das Nações Unidas e do Inmetro. Dos capacetes testados, apenas o Protork Evolution 3G se enquadra nos padrões europeus de homologação. Os outros cinco não poderiam ser vendidos em países do continente, por exemplo. Mas todos são autorizados para venda no mercado brasileiro. Se formos adiante e analisarmos a SHARP, cuja pontuação está na tabela acima, nenhum dos modelos obteve cinco estrelas nos testes de colisão."

Fonte: http://revistaautoesporte.globo.com/  em 31/01/2016


Válvula termostática


Uma das coisas que me preocupava no Fiesta era a válvula termostática. Não a válvula em si, mas o "cavalete" (carcaça). Uma das coisa que eu sabia que esta peça era que um dos pontos que carecem de cuidado, pois uma das paredes internas que separam suas câmaras pode quebrar, impedindo uma refrigeração adequada ao motor. A válvula fornecida pela montadora tem qualidade muito boa, apesar do corpo em plástico. Existem plásticos e plásticos. A tecnologia dos materiais artificiais evoluiu muito, mas sabe como é, no mundo existe o terceiro-mundo. Quero dizer que sempre vai ter um picareta para produzir e vender uma coisa sem qualidade, na certeza da impunidade. Uma irresponsabilidade que, se não fere diretamente a lei dos homens, fere a lei moral. Mas é tudo cara-de-pau.

Fiz uma pesquisa na internet sobre a oferta desta peça no mercado. Os preços praticados (aproximados) na pesquisa estão na tabela abaixo:


Preços do conjunto completo (carcaça, válvula e sensor)

Autel Maxiscan MS509


Nem tudo são flores. Como bom noob, acabei comprando uma cópia falsificada do scaner de diagnóstico da Autel.  Bem feito para mim. Achar que poderia ser um proprietário de um Autel gráfico por pouco mais de 100 reais. Tolinho. E ainda achar que a DX, cujo slogan é "Cheap Eletronic Gadgets for Sale at Dealextreme", seria mais confiável que o Ebay. Nenhum dos dois. O fake não faz nada. Deve ter uma cópia fajuta do chip ELM 327 e só.


Autel MS509 autêntico

Como estou entrando agora neste mundo da automação embarcada, o aprendizado tem sido bastante grande. É muita informação para quem parou no "platinado e condensador" e ficou vários anos sem dar a mínima para o que estava ocorrendo dentro dos carros. Bom, nunca fui de babar por este ou aquele modelo de carro que a mídia empurra para as massas, criando "desejos" subconscientes através do controle mental feito pelas propagandas. Acho que nasci meio vacinado para este tipo de coisa. Gosto de custo X benefício. É coisa de quem não está nadando em dinheiro. Dinheiro suado e honesto. Aliás meu retorno ao asfalto deu-se de uma maneira bastante inusitada. Resolvi tirar meu "atraso" em relação as tecnologias automobilísticas da qual eu gostava muito desde criança e parei de me atualizar por força dos compromissos profissionais e sociais que a vida impõem desde quando você começa a trabalhar, casa, separa, carreira, viagens, mudança de emprego, cidade, novo casamento, filhos, etc e tal. Para conhecer mais sobre ECU, me matriculei em um curso de injeção programável patrocinado pela Injepro quando abriram uma turma em Curitiba à noite. Verdade, nem sabia o que era injeção programável. Aliás nem sabia o que era injeção de combustível. Sou da época do Solex, Weber, Brosol, distribuidor.....
Imagina uma pessoa mais velha dentro de uma sala de aula, cercada por "tarados", discutindo 3 step, avanço, taxa, etc e tal. Pronto, o monstro do Alto da Boa Vista acordou! Fudeu!

Um professor Pardal encontra outro, Carlos, da Injepro. E ainda ganhei uma Injepro Light V2. Para que? Hehehehe, esta resposta eu já sabia!

Mas antes de sair montando um carro para track day, passei a estudar o assunto. E tem muita coisa que eu não sei, tenho que reconhecer. Até o valor de um scaner de verdade.

No próximo post eu não tenho ideia do que irei escrever. Deixa passar o feriado de carnaval.