quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

#Savetheaic

Estou de luto. Duplo. O primeiro golpe foi sair com meu carro danificado do TD de debut por causa de uma manobra de dois noobs e o segundo foi a confirmação do fim do Autódromo Internacional de Curitiba, o nosso AIC.


As notícias sobre a possibilidade do fim do autódromo não são recentes. A mais de dois anos que escuto este assunto. Como minha mente já possui um filtro anti-bullshit, muita coisa que é dita, isto é, disponibilizada via internet e repetida por idiotas como se fossem verdades absolutas, sem uma prévia análise de veracidade do teor e que, infelizmente, chegam a mim e por esta razão, acabo desconsiderando muita informação. Faço questão de não "sofrer por antecipação", pois até ações de defesa, se tomadas com muita antecedência, se tornam inócuas ou desnecessárias.

Uma das coisas que eu não sabia até agora era que um dos proprietários era também proprietário de uma organização que, infelizmente, é o ícone  de quem não consegue fazer nada que dá certo. Se mete em tudo e, quando tem a chance de fazer bons negócios, enfiam os pés pelas mãos. Parecem uma organização que tem reputação ilibada. Não! Só têm dinheiro. Não possuem timing. Lembam-se da Federação Paranaense de Futebol? Do estádio do Pinheirão? Isto mesmo. O que tem haver? Ué, investiga, criança.

Diante dos fatos, resta a lamentação......

Nada disso. Ações terão que ser feitas, por mim e por todos. Até lá, a consequência das notícias foram a antecipação do calendário de TD, com encontros praticamente mensais até junho e isto faz com que o meu planejamento de "obra de igreja" sofra uma alteração. A maior é que não tenho mais tempo para esperar as modificações que se fazem necessárias e a outra é exatamente consequência desta. Ficou meio paradoxo, não? Mas o que aconteceu foi o seguinte: os dois fatos enunciados no epígrafe deste post levaram a uma série de ações por minha parte, vejamos então as consequências.

A volta por cima


Fiquei o feriadão, se é que se pode chamar assim, a semana entre feriados natalinos e de reveillon viajando para o interior de Santa Catarina, fugindo do lugar comum a que os seres humanos tendem a se concentrar, mas também para dar uma assistência a outras atividades que tenho em paralelo e também descansar. Minha cabeça precisa de descanso pois o Tyco está estafado. O Teko foi passar o reveillon não sei aonde. Ate hoje não voltou. Na verdade procurava não pensar no que tinha que fazer no "Fiesta de Desmanche". Que oficina levar ele para verificar os estragos na suspensão. Não tinha a mínima ideia do que fora afetado. O resultado eu sabia. Estava tudo meio torto. Confesso que passou por mim um pensamento pessimista de que eu o teria perdido pois se, dependendo do que tivesse estragado na suspensão, não compensaria consertar. Minhas bandejas dianteiras eram embuchadas com PU e pouquíssimas oficinas aqui tinham preparo para este tipo de material. Os coilover também poderiam estar afetados e tinha sido um dos maiores investimentos até agora. A única coisa que sabia não estar danificada e eram de grande monta, foram os pneus. Pelo menos pareciam intactos. Na volta da viagem, na sexta-feira, primeiro dia deste ano, cheguei em casa e fui saber que era fato consumado a venda do AIC e o calendário de TDs até junho.

O que poderia fazer? Ora, endireitar o carro, preparar o motor e usá-lo até junho. Que mais? Por enquanto isso.

Na segunda-feira no fim da tarde, após o trabalho, fui até a oficina Pro Müller aqui perto e falei com o próprio Müller sobre o que queria fazer. Claro que fui no outro carro, pois o Festa estava parado da minha garagem, avariado. Como já tinha conversado com ele por telefone logo antes do Natal sobre deixar o carro lá, mas ele avisou que o espaço da oficina estava tomado e uma empreiteira já tinha deixado um caminhão no pátio, não seria muito seguro deixar o carro no pátio frontal durante o feriadão. Conversando com ele e, principalmente, falando sobre os custos de M.O. para um cuidado "personalizado", voltei de lá com as idéias mais claras. Sou muito DIY, mas não possuo muito tempo disponível. Os fds tenho uma família com três filhos pequenos para dar atenção e dividir meu diminuto tempo. Eles são minhas prioridades. Não que eu releve minhas atividades pessoais a um plano sem importância. Forço a barra para que isto não ocorra por um simples fato: mensanasincorporesano. Simples assim. Se não cuidar de si (ou ser feliz), como você vai cuidar dos outros (ou trazer felicidade para os outros). Abrir mão do direito de ser eu mesmo o preparador, foi meio que uma libertação, pois todo meu planejamento foi feito considerando que eu seria o meu preparador e esse negócio de "preparador", para mim, como ex-atleta, cheirava que nem "personal trainer", coisa que abominava pois a maioria não era atleta e não conheciam treinamento desportivo. E se achavam. Mas digamos assim, posso equivaler um preparador bom a um treinador especializado, uma pessoa que vai ajudar outra também dotada de algum conhecimento, a atingir uma performance melhor.

O Müller pediu que eu, antes de levar o carro e as peças lá, ajeitasse a suspensão pois precisaria do carro "em ordem de marcha". Então onde levar antes? Teria que ser uma oficina de suspensão para, pelo menos, dar um parecer sobre os estragos. Conversei com três delas, na Salgado Filho e levei em uma quarta, pertinho da minha casa. Foi uma decisão instintiva, pois nem conhecia ela direito. Foi uma das melhores decisões que tomei No dia seguinte estava com o carro pronto. Duas rodas desentortadas, gabaritadas e balanceadas, balança dianteira gabaritada (estava bem afetada), semi-eixo traseiro gabaritado (tinha sofrido pequena torção) e a meu pedido, cambagem negativa -1,5 graus, prisioneiros e porcas trocadas em todas as rodas. Só não fiz a lataria, também ligeiramente danificada e um farol quebrado. Preço? Muito barato! E, tanto a sócia, que me atendeu, como o técnico de suspensão foram super simpáticos e educados. Quer mais? Dou nome e endereço: Auto Center Américas na Capitão Leônidas Marques, 346.

O autódromo





Não vou contar a história do Autódromo Internacional de Curitiba que fica no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba. O município é bastante rico, possui várias industrias e empresas com uma boa renda per capta. Mas não faz nada pelo turismo. Aliás aqui no Paraná, os prefeitos são iguais ao do resto do país, são políticos, na acepção pejorativa da palavra. O autódromo é particular e não goza de nenhuma benesse pública. 

O AIC é meu velho conhecido a mais de 15 anos. Durante os anos de 2000 e 2004 fui ativo nas provas de triathlon amador e um dos lugares usados para treino foi o autódromo, que era franqueado aos atletas federados quando não tinha corrida de carros. Ligávamos para lá no sábado para saber se estava sendo usado e se não, podíamos ir até la no domingo, nos identificarmos com a carteira da Federação Paranaense de Triathlon na portaria e então fazíamos o nosso treino de transição que era simular a etapa de ciclismo, desmonte, calço dos tênis e saída para a etapa de corrida a pé. Segurança total. Não havia pessoas estranhas. Havia sim, bicicletas, algumas de valor bastante elevados, que podíamos deixar encostadas na mureta da pista enquanto estávamos correndo. Ninguém mexia. 

O futuro do autódromo eu já sei. O futuro do Fiesta de Desmanche, eu ainda vou construir!

Próximo post: Indo as compras mais uma vez

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