quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mad Dick's TD Fiesta

Esta é a história do Mad Dick's TD Fiesta, um Fiesta Hatch 1.6 Flex 2005, adquirido para uso e customização do seu proprietário como um hobby. O objetivo final é transformá-lo em um carro digno de participação em Track Day



Fiesta como foi comprado (*)
(*) Foram arrancados na marra, antes de entrar em casa, as capas cromadas das maçanetas e retrovisores. Enfeite cromado ninguém merece!


A Ideia



Chega uma hora em que a juventude se foi e nos vemos numa vida em que todos os nossos esforços foram destinados a outros, ou a atender ao que nos é cobrado em um papel a ser representado numa sociedade, seja família, trabalho ou coisa pior. Mas nem tudo é sofreguidão. Deus não nos dará dinheiro, pode ter certeza disto, mas Ele nos dá coisa muito melhor: uma bênção! Minha maior bênção é a minha família, que me apoia nas minhas ideias mais estapafúrdias que possam aparecer.

Ter um segundo carro para podermos mexermos, isto é se você gosta disto, para uns  é fácil, para outros não e para muitos é uma coisa impossível. Eu demorei para dar a mim este brinquedo, não por falta de condições, mais por falta de tempo e espaço. Nada mudou nisto, apenas achei que era hora de forçar a barra e empreender algo para mim e poder cultivar um novo hobby. Mexer em carros e motores e andar de forma não costumeira sempre estiveram perto de mim. Afinal fui criado no Alto da Boa Vista na época dos pegas. Aprendi a dirigir com 10 anos de idade e aos 21 já colecionava vários PTs em carros e motos. Detalhe: capotei, bati, caí mas nunca quebrei um osso meu ou de outra pessoa. Parei com moto porque já tinha perdido alguns amigos em acidentes e meu temperamento de forma alguma combinava com o uso racional da motocicleta. Não sou um suicida, mas tinha paixão por corridas de carro. Não F1 nem kart. Nunca fui tiete de Senna ou Fittipaldi. Aliás nunca fui idolatrador de nenhuma personalidade. Esse negócio de cultuar imbecis deixo com os norte coreanos. Meu negócio eram as antigas Divisão 1 e 3.


O início do projeto baseado em um Fiesta, teve idas e vindas até convergir para o carro atual. 

Sou fã da mecânica Ford, principalmente os motores de origem europeia pois refletem mais a nossa realidade como os Duratec e Zetec. Cada um no seu respectivo nicho, isto é, o Duratec para 2.0 e o Zetec Rocam para 1.6. São motores simples mas bem elaborados que tem vocação para aspirado forte. Não pretendo estabelecer aqui uma discussão tola a respeito de marcas ou de modelos de propulsores, mas um conjunto com uma relação entre custo e benefício para uso amador é fundamental.

Já tive vários carros e uma boa parte deles foi Ford. O primeiro foi um Del Rey com 5 anos de uso, mas pouco rodado que ficou comigo outros 5 anos. Depois foi um Escort Hobby 1.0 (autolatina), comprado de uma amiga, com 2 anos de uso e que também ficou comigo também por 5 anos. Mais tarde foram 4 Fiestas Hatchs MK6 de 2006 até hoje, sendo que os 3 primeiros comprei "0 KM".

O meu projeto de carro teria que atender aos requisitos de  veículo reserva, para o caso de ter o carro principal indisponível ou mesmo variar um pouco da mesmice de dirigir sempre o mesmo carro. Também ser um carro para poder mexer na sua mecânica ou aparência sem preocupações com desvalorização ou mesmo o risco de estragar um carro novo. Obviamente o objetivo final é desempenho e performance para poder participar em provas de track day de forma prazerosa ao volante de um carro com tocada, sem comprometer o orçamento disponibilizado para este fim.

Eu tenho o conhecimento para dizer que não posso tirar uma potência absurda do Zetec Rocan 1.6L, mas por ser um motor que foi bastante comercializado durante sua vida nos carros Ka, Fiesta, Courrier e Focus, posso afirmar que é um motor bastante maduro e conta com um bom suprimento de peças a disposição. Nunca vou conseguir tirar 200 HP aspirado devido a limitação de cilindrada, mesmo pensando numa preparação hardcore com 4 TBIs, taxa 18:1, comando 320 graus e reza braba, pois mesmo se fosse possível, fugiria ao objetivo de se manter como um carro reserva para uso normal!


Um carrinho bom e barato, gostoso de dirigir com potência suficiente para produzir adrenalina em um circuito travado de autódromo é divertimento certo. Nos Track Days não é para você estar disputando tempo com os turbões e outros carros caros e importados que tem até sistemas de controle automático de estabilidade que fazem os "pilotos" de kart indoor e playstation se sentirem os ases nas curvas mal feitas (e mal educadas). Para estes pilotos eu dou passagem com bastante antecedência para não acabarem fazendo merda em cima de mim. Prefiro brincar sozinho e respeito aqueles em que o carro (e suas preparações) são apenas um hobbies. Pessoas que como eu já abandonaram as pistas ou as corridas perigosas, mas não deixaram de gostar da adrenalina da velocidade. Claro que vai ter sempre aquele que, por ter dinheiro sobrando, vai na loja, compra o melhor carro esportivo recém lançado, manda pro mecânico colocar o que tiver de mais caro para se sentir "poderoso". Mas isso vai ter em qualquer lugar. Ainda bem que tem aquele louco que aparece com um VW Gol ex-Marcas&Pilotos, engaiolado, com aquela cambagem negativa quase pornográfica, mas tem um motor feito com carinho e dedicação (e turbão) para pilotar e se divertir também.

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